terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O tempo é uma ilusão ou ele existe realmente?

        O tempo é uma noção psicológica, ou seja, é uma sensação de duração. Você come e dali a pouco já está com fome de novo. Agora é dia e daqui a pouco será noite.
        Se um grupo de pessoas combinasse um encontro para dali a exatamente seis semanas, de nada adiantaria cada indivíduo comparecer ao local de encontro no momento em que sentisse que já decorreram as seis semanas. Em vez disso, todos devem, de comum acordo, contar quarenta e dois períodos de claridade-escuridão e aí comparecer ao encontro. Neste caso cada período de claridade-escuridão passa a constituir uma unidade de intervalo de tempo, permitindo que se efetue medidas de tempo independente das sensações psicológicas.
         As primeiras medidas de intervalo de tempo envolviam fenômenos astronômicos periódicos: a repetição do momento em que o sol está a pino servia para marcar a duração do dia; a repetição da lua nova, para marcar o mês, etc. Ao dividir o intervalo de tempo em unidades menores e iguais, obtivemos as horas, os minutos e os segundos.
         Essas pequenas unidades de tempo só puderam ser medidas com precisão a partir do século XVII, quando se passou a usar movimentos periódicos mais rápidos que a repetição do meio-dia - o movimento regular de um pêndulo ou de um tipo de mola chamada cabelo. Isso possibilitou a construção dos relógios modernos, ainda naquele século, o que tornou as medidas de intervalo de tempo rasoavelmente precisas.
          Sentir sono ao anoitecer e despertar ao amanhecer são exemplos que indicam a existência de um tempo "biológico", que regula vários organismos como os fenômenos periódicos. Mas esse tempo "biológico" é tão impreciso quanto o tempo "psicológico".
         No entanto, mesmo com um relógio à vista, um dia de estudo parece durar mais que um dia de lazer!

BARROS, Carlos; PAULINO, W. Roberto. Física e Química - 8ª série. 57ª ed. São Paulo: Afiliada, 2001




Nenhum comentário:

Postar um comentário